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22 de set de 2022
A ansiedade infantil é uma das grandes preocupações da nova geração e reflete uma série de alterações comportamentais na criança. Sinais de agressividade, apatia, falta de motivação, medo e preocupações excessivas podem estar relacionados a esse transtorno.
Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) indica que uma em cada três crianças e adolescentes no país apresentou, no início da pandemia, ansiedade e nível de estresse emocional elevado.
Outra pesquisa, desta vez do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), de 2021, revelou que o uso excessivo de telas e da internet potencializa o isolamento social e desvios de comportamento na criança, além da dependência à tecnologia. O estudo sugere a utilização consciente das tecnologias, aliado à educação socioemocional, que ajuda a formar cidadãos melhores e que enxerguem sua importância à sociedade.
Em uma era de hiperconectividade digital, as atividades manuais de montagem e colagem surgem como alternativas criativas para os desenvolvimentos cognitivo e motor da criança, ajudando a deixar os aparelhos eletrônicos de lado.
Para Beatriz Negrão, gerente de Marketing da Pritt, marca de adesivos da Henkel que apoia o desenvolvimento das crianças por meio de atividades de colagem, as atividades lúdicas têm a vantagem de trabalhar estímulos positivos aos pequenos de uma forma prazerosa e saudável.
“As brincadeiras de desenhar, recortar e colar aprimoram uma série de competências importantes às crianças, incentivando-as na concentração, tomada de decisão, confiança, criatividade, precisão e socialização por meio da interação com outras crianças ou com pais e responsáveis”, comenta a profissional da Pritt.
O diagnóstico da ansiedade infantil é complexo e requer a análise de diversas percepções comportamentais. Recomenda-se que ele seja feito por equipes multidisciplinares com profissionais da saúde, psiquiatras e psicólogos.
Em alguns casos, o tratamento da ansiedade infantil deve ser feito com medicação e acompanhamento de terapia. Em outros, o tratamento pode ser colocado em prática com ações educacionais.
O contexto da educação formal no tratamento do transtorno de ansiedade é destacado por Silvana Lemos e Nuria Barbosa, coordenadoras de pós-graduação em Psicopedagogia e Educação Infantil do Senac EAD, respectivamente.
De acordo com as profissionais, os psicopedagogos exercem papel importante na formação e capacitação dos educadores e gestores da escola a fim de promoverem um trabalho transformador entre as partes envolvidas.
“O psicopedagogo atuará a partir da queixa vinda dos educadores e/ou pais e responsáveis. Esse profissional atuará na dificuldade da aprendizagem da criança, sugerindo atividades, por exemplo, de relaxamento, artísticas, de contação de histórias, dramatização e outras práticas que favorecem o estímulo à imaginação e reelaboração de sentimentos”, explicou Silvana Lemos.
“A ansiedade tem relação com fatores emocionais, sociais, familiares e de saúde, e isso pode se estender a uma predisposição individual a quadros de ansiedade. Estudos mostram a importância das relações pautadas no acolhimento afetivo também no âmbito escolar”, acrescenta Nuria Barbosa.